Jovens e Jogos de Azar

Comportamentos de Risco e Sinais de Alerta

Educar os jogadores sobre os comportamentos de risco e os sinais de alerta que podem indicar um problema de jogo.
Comportamentos de Risco e Sinais de Alerta

O jogo compulsivo é perigoso e pode trazer várias consequências negativas à vida do consumidor. De forma a evitar maiores contratempos, recomenda-se às casas de apostas, empresas de jogos de sorte e azar, familiares e amigos e inclusive ao próprio apostador estarem atentos a sinais de risco que podem indicar um problema.

Evidentemente que cada caso é relativo e nem sempre certos comportamentos apontam para uma situação alarmante. Porém, caso se assistam determinadas atitudes de forma mais consistente, é importante avaliar a circunstância e procurar ajuda através de diversos meios, consoante a gravidade e a personalidade do indivíduo. Como foi referido, o impacto do jogo varia de pessoa para pessoa e nem sempre segue caminhos de perigo, sendo necessário uma intervenção.

Dito isto, listamos, de forma gradual, os principais hábitos a ter em consideração, pois podem levar a uma dependência. Numa fase inicial, pode haver um aumento de excitação e vontade em jogar; preocupação constante em apostar e por isso mais pensamentos associados à respetiva prática. Há várias causas que podem explicar a entrada do indivíduo neste mundo e uma delas é usar o jogo como um instrumento de escape à realidade que substitua o tédio e os problemas mundanos por diversão e “tranquilidade”, o que pode ser inofensivo, mas também pode não ser.

Pode haver assim uma necessidade de dedicar mais tempo e apostar mais dinheiro numa busca contínua pela sensação de vitória, êxtase e maiores ganhos. Isto em detrimento de outras áreas da sua vida, negligenciando o trabalho, vida académica, relações sociais, cuidados pessoais e inclusive a saúde mental.

Atenção para a continuidade das apostas independentemente das consequências negativas, de perder mais do que se pode e de largar o controlo, aproveitando qualquer oportunidade para jogar e tornando-se mais impulsivo nas suas ações. Neste sentido, é comum as mudanças de humor e emoções mais fortes (como a ansiedade, irritação e excitação temporária ou mesmo culpa e vergonha), além do surgimento das mentiras a terceiros para esconder comportamentos preocupantes ou ao próprio para racionalizar e ficar, de certa forma, de consciência mais tranquila em relação a algumas atitudes.

O jogo pode assim ter repercussões na autoestima, saúde mental (ansiedade, estresse, depressão ou transtorno de jogo compulsivo, também conhecido como ludopatia) e até no sono (distúrbios de sono e fadiga) e problemas de saúde física, como dores de cabeça ou indisposição.

Avançando, o apostador pode ter dificuldades em parar ou mesmo moderar o respectivo jogo, vindo as suas tentativas falharem, bem como ter maiores problemas financeiros (criação ou aumento de dívidas, pedir empréstimos ou falta de pagamento de contas). Há quem continue a jogar para recuperar prejuízos – subindo até valores de apostas – ou, em situações mais sérias, recorra a soluções ilegais para financiar e prosseguir o jogo. Inclui cometer fraudes, roubar, participar em sites de jogos de azar ilegais, empréstimos com agiotas ou envolvimento noutras atividades criminosas. Claro que estes últimos cenários não são comportamentos que podem indicar um problema. Já se trata de um problema grave, sendo indispensável procurar ajuda profissional e tratamento.

Mário Cagica

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Jornalista e comentador

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