Tomar bem uma decisão é fundamental em todas as áreas da vida, permitindo realizar escolhas, perspetivar cenários e tomar a melhor opção perante determinada possibilidade.
No mundo das apostas, uma tomada de decisão permite escolhas mais conscientes e informadas, diminuindo o risco e rejeitando comportamentos compulsivos e aditivos.
A tomada de decisão é um momento-chave que influencia de forma direta a experiência do jogador e a sua performance financeira, sendo importante uma abordagem holística a este fenómeno e a uma listagem dos fatores pela qual a lucidez e a análise desempenham um papel central nas apostas.
• Gestão do risco: analisando situações que podem resultar em perdas financeiras mais ou menos graves e formalizando um plano que maximize ganhos e minimize perdas.
• Análise de dados: com estatísticas, padrões de desempenho e condições que, quando interpretadas, permitem facilitar a decisão.
• Aproveitamento de oportunidades: em apostas variáveis e em mercados voláteis por definição, estar atento permite descortinar oportunidades de mercado que podem desaparecer rapidamente.
• Controlo emocional: estar lúcido em todas as alturas evitando tomadas de ação impulsivas ou motivadas por sentimentos efémeros e, ao mesmo tempo, ser capaz de responder perante a pressão.
• Aprendizagem contínua: construindo um caminho que permita a reflexão de experiências passadas e ajustes no futuro. Dependendo do tipo de aposta, do cenário onde é feita e da sua modalidade, é possível evoluir no sentido de tomar decisões de forma mais consciente e mais ponderada.
Entre as várias áreas em que é possível desenvolver competências na tomada de decisão, é possível identificar três primordiais.
Primeiramente, é possível desenvolver a tomada de decisão com um trabalho que anteceda a aposta. Este pode ser feito em vários níveis e corresponde à fase do treino que tem de se desenvolver em várias áreas.
1. Simulações: através de simulações, que coloquem o jogador sob situações de pressão e de tomada de decisão, é possível realizar escolhas sem risco que permitam desenvolver habilidades como a memória, o foco e a atenção. Por ser um ambiente controlado e não envolver dinheiro, não há riscos de perdas.
2. Controlo emocional: é importante procurar suporte emocional e psicológico que permita o desenvolvimento de habilidades de regulação emocional, fundamentais na área.
3. Análise: quer seja uma autoanálise, quer seja a jogos de outras pessoas, a análise do passado permite identificar erros, analisar dificuldades e, acima de tudo, identificar padrões de comportamento (bons ou maus).
Após o jogo, é importante receber feedback que permita analisar o que foi bem feito e o que pode ser corrigido. Tal como durante o jogo, este feedback deve ser exclusivamente racional e construtivo, devendo ser evitadas todas as situações potenciadoras de sentimentos de culpa ou de raiva.
Por fim, importa o jogador estar inserido num ambiente de apoio que abra espaço para a aprendizagem, para o erro e para o crescimento. Este espaço – físico ou não – permite um desenvolvimento coletivo e é uma estrutura de suporte em caso de insucesso.