Ética na Investigação sobre Jogos de Azar

Ética na Investigação sobre Jogos de Azar

Discutir os princípios éticos que devem guiar a investigação sobre jogos de azar, incluindo a proteção dos participantes e a integridade dos resultados.
Ética na Investigação sobre Jogos de Azar

A investigação sobre jogos de azar é fundamental na medida em que possibilita o desenvolvimento de estratégias e o estabelecimento de compromissos com vista à promoção de um jogo mais responsável e à redução de comportamentos aditivos e reveladores de sintomas de dependência por parte dos jogadores.

No entanto, esta investigação deve ser realizada com especial atenção e foco no cumprimento de diversos princípios éticos que garantam a sua veracidade e que traduzam o respeito pelos diversos envolvidos no processo.

• Procura do bem-estar: quer minimizando os danos possíveis nos participantes no estudo quer, caso estes tenham de existir, garantindo que são amplamente inferiores aos benefícios potenciais.

• Representatividade na amostra: garantindo a inclusão de todos os grupos populacionais mediante critérios considerados relevantes como idade, género, dispersão geográfica, condição socioeconómica, entre outros.

• Integridade científica: significa a total rejeição de más condutas, distorção de resultados ou conflitos de interesse entre os responsáveis pelos estudos e aqueles que, direta ou indiretamente, possam ser afetados.

• Responsabilidade social: procura de contribuir de forma positiva para a sociedade, procurando um impacto social e que afete a vida das pessoas.

Além destes fatores, há dois fundamentais que, por vias da importância, merecem ser isolados.

A procura do bem-estar dos participantes é fundamental e deverá ser contemplada pela sua proteção através de medidas que garantam a sua privacidade e segurança e que obrigam a cinco etapas na elaboração da investigação.

1. Proteger grupos vulneráveis: na elaboração da amostra, importa garantir e prestar particular atenção a pessoas pertencentes a grupos de risco tais como menores ou pessoas em situações limite por dependência ou pobreza, por exemplo.

2. Procurar o consentimento informado: garantir que todos os participantes têm todas as informações importantes para a realização do estudo e que não há qualquer tipo de influência ou coerção no sim.

3. Garantir a privacidade e o anonimato (sempre que possível).

4. Monitorizar o estudo: com comissões independentes éticas que confirmem a aplicação de todos os princípios éticos.

5. Suportar os participantes após a pesquisa: por um lado através de um debriefing que responda a novas questões e por outro, caso necessário, oferecendo o devido encaminhamento a serviços de apoio.

A integridade dos resultados está dependente da abordagem correta antes e depois da realização da pesquisa.

Antes da pesquisa, é necessário garantir que está não é enviesada o que se traduz na escolha da metodologia mais adequada.

Isto envolve um desenho de pesquisa trabalhoso e consistente, uma recolha de dados através dos instrumentos de medição corretos, a definição de uma amostra representativa e uma análise estatística adequada aos dados tratados.

Depois desta, o fundamental é comunicar de forma transparente os dados algo que pode ser conseguido pela conjugação de vários métodos.

Desde logo, é importante submeter o trabalho à avaliação por pares e especialistas no campo que comprovem os métodos utilizados e identifiquem possíveis falhas.

Depois desta fase, os resultados – e metodologia – devem ser divulgados de forma íntegra, completa e ética.

Mário Cagica

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Jornalista e comentador

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