Jogo Responsável e Diversidade

Jogo Responsável e Diversidade

Explorar como o jogo responsável pode ser adaptado para atender às necessidades de diferentes grupos demográficos, incluindo minorias étnicas, LGBTQ+, e outras comunidades.
Jogo Responsável e Diversidade

Para ser bem comunicado e acessível a toda uma mancha demográfica que não é homogénea, é importante a comunicação do jogo responsável ser acessível a todos os diferentes grupos demográficos.

Como tal, é fundamental falar em diferentes estratégias de comunicação para grupos também eles diferentes.

Entre os fatores mais importantes a ter em conta encontram-se a idade, o género, a cultura e a situação económica, verdadeiros bastiões que obrigam a abordagens comunicacionais distintas e que assentam em certos princípios comuns:

• Educação personalizada: adaptada a diferentes contextos e diferentes experiências de vida.

• Comunicação adequada: a diferentes públicos alvos e às suas características.

• Campanhas de conscientização direcionadas: a diferentes subgrupos ou nichos, consoante o alvo em determinado momento.

• Colaboração: com organizações e líderes associados a determinados subgrupos, permitindo por um lado a fácil disseminação e por outro lado a confirmação da utilização da linguagem correta consoante o tópico abordado e o público-alvo.

Em relação ao fator idade, é importante garantir, além de todos estes pontos previamente abordados, importa destacar a utilização de restrições etárias, nomeadamente através da proibição de menores da idade em apostar.

Quanto ao género, é especialmente relevante a pesquisa e compreensão dos padrões de jogo que, de acordo com as mais recentes investigações, influencia o volume, dinheiro e consequências das apostas.

O fator cultura obriga ao respeito da diversidade na transmissão das mensagens.

Este fator é, naturalmente, obrigatório em qualquer mensagem que queiramos comunicar e envolve a abolição de estereótipos, preconceitos e generalizações, bem como a abordagem inclusiva e respeitosa com os diferentes traços culturais utilizados na comunicação.

Por fim – no que toca a estes fatores que se podem considerar gerais – é importante para a comunicação ser adequada à condição socioeconómica o desenvolvimento de uma política de educação financeira que tenha em consideração as diferenças económicas no plano de ação.

Surge assim a necessidade de reconhecer as baixas condições salariais ou económicas como fator potenciador de vulnerabilidade.

Levar em consideração estes fatores é ainda mais importante quando a mensagem se direcionada a minorias ou a pessoas discriminadas.

Neste contexto, fatores como a pesquisa, que antecede a implementação de qualquer medida, e o estreito relacionamento com organizações comunitárias são ainda mais importantes.

Comum a todos os aspetos está a necessidade de garantir o acesso equitativo de todas as pessoas aos serviços através do derrubar de barreiras como a linguagem ou a discriminação, bem como a defesa de políticas inclusivas que protejam as minorias e os seus direitos no que toca ao jogo responsável.

Mário Cagica

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Mário Cagica

Jornalista e comentador

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