Jovens e Jogos de Azar
Há vários aspetos que explicam a entrada dos jovens neste novo mundo, desde a presença assídua destes jogos na internet através de uma séria quantidade de publicidade, a facilidade de acesso e depois fatores como a substituição do tédio pela emoção; desejo de ganhar mais dinheiro de forma “rápida, fácil e divertida”, histórico familiar e isolamento social, etc.
Atualmente, verifica-se uma normalização do jogo de azar, enquanto os riscos e as consequências passam para segundo plano. Neste campo, é necessário consciencializar dos seus possíveis efeitos, pois, nos jovens e não só, esta prática pode desenvolver hábitos prejudiciais sérios.
A educação deve ser implementada com cuidado, com os pais, educadores e responsáveis atentos aos jovens, sobretudo em idades mais tenras.
Não é apenas entretenimento e isso tem de ser comunicado antes de entrar nesses jogos, pois, além de outras consequências, estes jogos podem distorcer a visão dos jovens sobre o valor do dinheiro.
É possível jogar estes jogos de forma moderada, desde que haja uma gestão cuidada.
No entanto, há sempre riscos, dos mais leves aos mais pesados. Aqui referimos os principais.
O dedicar muitos recursos (energia, tempo e dinheiro) nestas práticas, dando inclusive prioridades sobre outros aspetos, o que pode provocar efeitos nas emoções e saúde mental (ansiedade e até dependência), problemas sociais (relação com amigos e família) e impacto negativo na escola/trabalho.
Pode chegar a um ponto de “vício de jogo”, no qual o jogo controla mais a pessoa do que é controlado, observando-se mudanças comportamentais.
É recorrente, depois de o indivíduo perder dinheiro, apostar mais num futuro muito próximo quer em quantidade (número de vezes) ou qualidade (mais dinheiro) para “recuperar o prejuízo”, havendo a chance de criar ou aumentar dívidas. Mentir também pode ser uma prática comum devido a vergonha, receio ou para evitar problemas imediatos.
O vício em jogos pode causar problemas pessoais, financeiros e sociais. Há várias estratégias para prevenir os riscos e permitir uma experiência prudentes neste tipo de jogos de azar.
Aqui é um trabalho de todas as partes para garantir o sucesso mesta temática.
O reforço da regulamentação sobre a publicidade na internet (impedir anúncios direcionados a crianças e jovens que são também apoiados no algoritmo), a criação de medidas pelas empresas dos jogos de azar com o objetivo de proteger os menores (verificação mais meticulosa da idade e maior controlo online e em locais de venda físicos), a implementação de palestras e programas de educação, prevenção e rastreio em ambientes habitados pelos jovens (como as escolas e universidades), o desenvolvimento da literacia financeira para reforçar o valor do dinheiro e, claro, o papel mais ativo e atento dos pais, educadores e responsáveis na educação e acompanhamento para evitar complicações.
Todas estas estratégias (fora outras possíveis obviamente) têm como propósito consciencializar e alertar os jovens para os riscos, prevenir a prática perigosa dos jogos de azar e viabilizar assim a atividade responsável.
